GT ESPÍRITO SANTO POTENCIALIZA AS AÇÕES DA REDE DE LEITURA INCLUSIVA NA CAPITAL CAPIXABA

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Potencializar e democratizar o acesso ao livro, à leitura e à literatura para pessoas com deficiência. Essa foi a proposta do V Encontro da Rede de Leitura Inclusiva – GT Espírito Santo, que aconteceu nestas quinta (25) e sexta (26), no Museu Capixaba do Negro “Veronica da Pas” (Mucane), na capital capixaba.
O encontro se deu em dois dias. No primeiro, fora realizada a Oficina de Leitura Inclusiva. No segundo, uma roda de conversa a partir do tema “Fortalecimento do Trabalho em Rede”.
“Participar dessa ação reitera nosso compromisso, pessoal e coletivo, com as políticas e práticas da área de acessibilidade para a construção de uma sociedade que seja, indistintamente, para todos”, afirmou Lilian Menenguci, assessora técnica da Secretaria de Cultura de Vitória e integrante da Rede de Leitura Inclusiva – GT Espírito Santo.
Angelita Garcia, representante da Fundação Dorina Nowill, conduziu a Oficina de Leitura Inclusiva, que teve como objetivo fomentar ações para que pessoas com deficiência disponham de oportunidades diversificadas de acesso ao livro e à leitura e também mediou a roda de conversa.
A Oficina
A oficina, que aconteceu na quinta-feira (25), das 14h às 18h, teve início com uma provocação acerca de “mitos” que envolvem a questão da pessoa com deficiência, de modo geral, e da pessoa com deficiência visual, de maneira particular. Como elemento disparador, foram apresentadas frases que reproduzem estereótipos de questões inerentes ao processo inclusivo.
Em seguida, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer alguns recursos utilizados para escrita, leitura e cálculo, como: reglete, punção, máquina braille e sorobã.
Esse momento, absolutamente rico pela troca de saberes e fazeres, contou com a participação das professoras Erondina Miguel Vieira e Helena Abreu, ambas especialistas na educação de pessoas com deficiência visual, que se propuseram a apresentar, didaticamente, cada um dos recursos capazes de tornar acessível a leitura e a produção de textos por pessoas com baixa visão e cegueira. As ações foram referenciadas por Sandro Bermudes, profissional que atua no Setor Braille da Biblioteca Pública Estadual, pessoa com deficiência visual. Livros em formatos acessíveis, também foram apresentados aos participantes.
Angelita também abordou o tema “audiodescrição”. Durante a sua explanação, destacou a importância de se pensar na técnica que sustenta tal atividade. Segundo ela, “é de extrema importância não atribuir juízo de valor às descrições”. A atividade envolveu todo o grupo que sempre se apresentou ativo, curioso e disponível para a tarefa de seguir tecendo em rede.
A Roda de Conversa
Encerrando as atividades do V Encontro, aconteceu, na manhã da sexta-feira (26), das 10h às 12h, a roda de conversa “Fortalecimento do Trabalho em Rede”, que tratou das experiências sobre a leitura na perspectiva inclusiva, além da ampliação e do fortalecimento de políticas e práticas de acessibilidade construídas por meio de ações colaborativas entre os parceiros da rede.
Como iniciativa para a ampliação de experiências sobre a leitura na perspectiva inclusiva, o GT encaminhou uma ação inédita na capital capixaba: a oferta de uma Oficina de Contação de Histórias para Professores Intérpretes Surdos da Rede Municipal de Ensino de Vitória. O Grupo Chão de Letras, formado por Contadoras de Histórias, por meio da Biblioteca Pública Municipal Adelpho Poli Monjardim, em parceria com a Secretaria de Educação de Vitória, mediará a atividade que já será realizada no mês de junho.
Pensando em estratégias para o fortalecimento da rede, o GT destacou algumas necessidades sobre as quais se debruçará com o objetivo de ampliar o seu alcance:

  • Ampliar a participação de outros municípios, especialmente da Região Metropolitana da Grande Vitória, no GT Espírito Santo;
  • Elaborar projetos de captação de recursos para o processo de produção, fomento e divulgação de ações acessíveis;
  • Estimular o cadastro de agentes culturais, públicos e privados, na Dorinateca para o recebimento de livros acessíveis;
  • Mapear instituições e agentes que atuam na perspectiva inclusiva;
  • Potencializar os instrumentos de comunicação das iniciativas da rede, de modo geral, tanto quanto de seus colaboradores, de forma particular;
  • Utilizar o espaço do blog redeleiturainclusiva.org.br como espaço de divulgação e conexão com outros GTs do Brasil;

O evento, realizado pelo GT Espírito Santo, contou com a participação de profissionais da Educação, da Cultura, sociedade civil, agentes culturais, como contadores de histórias e mediadores de leitura, e de estagiários do curso de qualificação de Mediadores para Atendimento ao Público. Nessa rede, a Biblioteca Pública do Estado do Espírito Santo, Biblioteca Pública Municipal Adelpho Poli Monjardim, Instituto Luiz Braille do Espírito Santo, Secretaria de Educação de Vitória e Secretaria de Cultura de Vitória são parceiros diretamente conectados. O desafio, agora, é seguir conectando mais parceiros para que seja possível ampliar e, cada vez mais, fortalecer a rede.


Fonte: Prefeitura de Vitória (Maio,2017).
Crédito das fotos: Henrique Breciane (Navi Brasil)