“Use as mãos para o bem!”, foi o tema da Semana da Diversidade e Inclusão, que aconteceu entre os dias 25 e 29 de setembro, no Instituto Federal Paraíba, em João Pessoa.
Na programação questões sobre gênero, autismo, oficina de modas em libras, braile e saúde sexual entraram em pauta. Para abrir a edição o Centro de Atividades Especiais Helena Holanda, envolveu e comoveu, com uma dança, que expôs: cada pessoa pode ultrapassar seus limites apesar das limitações físicas, mentais e emocionais.
Já na mesa sobre Saúde Sexual, a enfermeira Eva Nascimento, do Núcleo de Prevenção em Educação e Saúde, discorreu sobre gravidez na adolescência e métodos contraceptivos. Segundo a enfermeira, o objetivo da atividade fortalece as ações educativas e preventivas, além de trazer reflexão sobre autocuidado.
Entre as ações relacionadas a inclusão literária, a participação foi da articuladora Angelita Garcia, da Rede de Leitura, que levou a Coleção Regionais com objetivo estimular conhecimento e diversidade inclusiva.
“As atividades foram muito ricas, após as apresentações foi feita a entrega simbólica da Coleção Regionais à Valéria Marques, da Coordenação de Assistência às Pessoas com Necessidades Específicas. A partir disso, discutimos sobre a importância da leitura e o direito à informação para as pessoas com deficiência”, conta Angelita.
Antes da roda de leitura os alunos do Instituto de Cegos da Paraíba, fizeram a apresentação do Boi e, logo em seguida, veio a narração de Bumba Meu Boi, obra da Coleção. Após a ação, todos os presentes conversaram sobre o material e experimentaram os livros da coletânea.
Outro momento importante foi a performance dos alunos do curso de Instrumento Musical. Os estudantes interpretaram versos sobre a condição social das mulheres cisgêneros e transgêneros, denunciando o machismo e os preconceitos relativos à diversidade sexual, contra os quais estas minorias lutam diariamente. Em seguida, na mesa “Você pode ser o que você quiser! Antônio Eduardo de Oliveira recitou uma poesia de sua autoria ”, conduzida pelo bacharel em Direito, deficiente visual e representante do Instituto dos Cegos da Paraíba, Robson Santos.
“Estamos conseguindo cada vez mais ocupar os lugares que nos são de direito. Aqui em João Pessoa, a acessibilidade ainda é muito precária. Onde existe respeito, existe acessibilidade”, finaliza, Robson. E a gente completa, onde existe respeito, existe inclusão.